Musica: Emily Browning – Sweet Dreams
Seatown é mostrada por vários pontos históricos, pontes, o porto, os famosos viadutos e o conhecido dia nublado de outono. Em seguida a imagem é de uma extensa avenida, pessoas caminham apressadas, sapatos sociais, copos de café e maletas de couro são mostrados em pequenos cortes, em meio á multidão, o foco se torna uma jovem, ela caminha despreocupada expressando uma leve tristeza, em um modo posteriormente lento, à mostra andando e todo o seu percurso.
(Jess/Narrando): - É engraçado como a vida é traiçoeira. Às vezes só gostaria de não ter um coração e não precisar sentir nada, talvez não amar ou me magoar isso seria melhor. Já pensou alguma vez como é estranho... Até parece que somos feitos por pensamentos individualistas, sim vivemos em uma selva humana onde sentimentos são apenas coisas que restringimos talvez, só para nos sentir bem ou mal... Á Verdade? Ela nunca existiu e a mentira, bem é difícil acreditar em tudo que dizem, quando falam que ninguém se machuca, que ninguém morre. Você sabe não é fácil acreditar em qualquer coisa que se ouve, dizem que o mundo é redondo? É?!
Jess passa em frente a uma eletrônica, ela deixa de ser foco e temos a imagem da vitrine onde vários aparelhos de televisão estão ligados.
(...)
(TV1/ Jornal) – Amante é cúmplice em assassinato do companheiro policia investiga caso...
(TV2/Série): - Eu te amo...
(TV3/Tele-Jornal): - Acidente de carro mata quatro pessoas e deixa três feridas...
(TV4/Comercial): - Você acredita que o amor pode mudar as pessoas?
(TV5/Tele-Jornal): - Senador estadual é investigado pelo assassinato de três pessoas...
(...)
A imagem aberta mostra um edifício antigo com colunas de sustentabilidade enormes.
Legenda: Hospital Psiquiátrico de Seatown
Jess para nas escadas, algumas pessoas descem outras sentadas nos degraus comem pequenos lanches. Ela olha para o letreiro do hospital e respira fundo.
(Jess/Narrando): - Se o amor é uma coisa tão segmentada por que sinto que quero amar? Sentir ou me machucar?!
Em seguida se distanciando aos pouco, ela sobe as escadas do prédio e os passos se diminuem.
Cena II – Local – Base Militar – Tarde
Musica: ON
Um grupo de jovens algemados é empurrado por militares, usando roupas contra contaminação. Eles cambaleiam, um deles tenta se soltar, empurrando o civil ao seu lado bruscamente contra a parede.
O extenso corredor, em um visual caótico, mostra que várias pessoas estão vestidas da mesma forma trajando mascaras e luvas, tendo assim contato mínimo um com o outro.
Olhares assustados, uma das jovens olha para a primeira sala a sua direita. Ela para alarmada, olhando para a porta entre a aberta. O militar a empurra voltando a caminhar em conjunto com o grupo.
▬
Da sala para o caótico corredor, um rapaz talvez, morto esta em uma maca enquanto um soldado manipula bisturi sobre ele.
▬
De volta ao grupo, eles são jogados em uma sala de vidro, mangueiras de alta pressão são ligadas e suas roupas arrancadas por agressivas tesouradas.
Ao receber o primeiro jato d’água, uma das jovens cai no chão sem reação.
(Alef): - Bia! – Grita, tentando ir ao encontro.
Visualização ampla, mostra uma mulher, ela esconde os seios com o braço esquerdo enquanto se afasta do militar que se aproxima com uma esponja.
(Alia): - Não, não põe a mão em mim. – Bate no civil. - Não sai! – Grita.
O foco em Alef o mostra sem força, tentando se sustentar, tateando o vidro ele escorrega aos poucos, ficando em posição de defesa com o a cabeça sobre os joelhos.
O barulho da água fica mais intenso e o mesmo parece perder forças com a constante agressão.
Visão panorâmica, os jovens recebem os jatos de diferentes mangueiras, os civis os esfregam com esponjas, aparentemente todos se rendem e ninguém reage.
Corta Para: – Local – Base Militar/Enfermaria – Tarde
Musica: OFF
Macas estão sincronizadas em uma circunferência perfeita.
O grupo está deitado, dois garotos e três garotas.
Dormindo, talvez, eles têm algumas sondas na cabeça e pontes de soro nos braços. Focando no rosto de Alef mostra sua pele pálida e seus lábios roxos. Ele acorda perplexo, fica intacto por alguns segundos, em seguida eleva as mãos sobre a cabeça retirando as sondas.
Em um esforço para se levantar, cai no chão, à agulha em seu braço sai e pequenas gotas de sangue jorram.
Assustado, permanece caído, seu braço mostra o resultado do impulso anterior, o sangue escorre, passando pelos dedos e dando ao piso branco uma nova coloração.
Arrancando uma a uma ele grita ocamentemente.
Assustado, permanece caído, seu braço mostra o resultado do impulso anterior, o sangue escorre, passando pelos dedos e dando ao piso branco uma nova coloração.
(Bia): - Quem ta ai? – Sussurra.
(Alef): - Bia! – Se levanta, olhando-a na maca.
(Bia): - Ai meu deus, me tira daqui! – Ofegante.
Alef parece perplexo, passa a mão no cabelo dividindo com os dedos mechas.
Em seguida rapidamente olha para Bia, assustado.
Em seguida rapidamente olha para Bia, assustado.
Sem saber o que fazer, Alef começa retirando suas sondas.
Bia se levanta debruçando-se na maca ela abraça o parceiro.
(Bia): - Como as coisas chegaram esse ponto? – Chorando.
(Alef): - Vamos dar um jeito de sair daqui ok? – Olhando-a. – Vem levanta.
Alef a ajuda a sair da maca os dois olham os outros.
(Bia): - Alia, Alia acorda! – Chacoalhando-a.
Alia não reage assim como o restante.
Tremula ela caminha ate a porta.
O jovem faz o mesmo indo em direção ao canto superior da sala.
Bia vê um pequeno eletrodo de digitais ao lado. Ela coloca seu indicador no aparelho.
(Eletrodo/Voz Feminina): - Acesso Negado.
Perplexa, ela puxa a maçaneta e volta a fazer a mesma coisa. A máquina reage da mesma forma.
(Bia): - Mais que merda! – Passando a mão sobre o cabelo. – Eu quero sair. – Sussurra, olhando para porta. – Eu quero sair daqui. Socorro! – Grita Batendo.
(Alef): - Bia!
Bia se vira, Alef esta no fim da sala, parado. Há uma janela de vidro fume lá, sabe que estão sendo observados.
A jovem se aproxima, passa os dedos no vidro.
A jovem se aproxima, passa os dedos no vidro.
Alef vai ate um dos apoios de soro, pega, segurando-o com força volta a se aproximar.
(Alef): - Licença. – Empurra-a.
Ele está pronto para bater no vidro, quando são surpreendidos por um barulho.
A porta é aberta e alguns soldados entram.
Corta Para: – Local – Base Militar/Sala de Interrogatório – Tarde
Musica: OFF
Carregados por militares, Bia e Alef, são levados a uma sala escura de paredes úmidas, iluminada apenas por algumas lâmpadas que falham a todo o momento. Duas cadeiras e uma mesa estão a sua frente. Eles se sentam.
Os militares se põe atrás dos dois em silencio.
(Bia): - Porque vocês fazem isso? – Sussurra se afastando.
Do outro lado, uma mulher se aproxima, sapatos vermelhos dão passos sorrateiros na sala e seu rosto ate então não é mostrado.
Ela se senta a frente dos jovens, cruza os dedos, assim como faz com as pernas, e seu rosto continua em sigilo.
(#1MILITAR): - Dra. Beger fizemos como pedido.
(Dra. Beger): - Obrigada.
(Alef): - Que ótimo o tratamento que vocês oferecem por aqui! Era para nos fazer sentir seguros?
(Dra. Beger): - Desculpem, não foi à intenção. Mas são normas necessárias. Quero saber como estão se sentindo, agora?
(...)
(Bia): - Péssima.
(Dra. Beger): - Adoraria ter ouvido um: "Otima Obrigada", vamos passar uma borracha nisso....
(Bia): - É uma pena que existam coisas que não podem ser apagadas com essa facilidade. - Sorri debochadamente. (Dra. Beger): - Tudo bem... Eu sei que devem estar se sentindo inseguros se sentindo péssimos de verdade eu entendo... Mas tudo que fizemos até agora foi para manter um bem maior seguro... Todos os outros sobreviventes que chegaram aqui não tinha uma aparência tão amistosa quanto a de vocês. Acreditem precisamos seguir um protocolo. E você Alef? Acho que esta mais confortável que sua amiga.
(Alef): - Só pode ta brincando. – Balança negativamente a cabeça. - Como sabe meu nome?!
(Dra. Beger): - Sabemos mais do que imaginam.
(Dra. Beger): - Sabemos mais do que imaginam.
(Bia): - Vem cá qual é sua intenção, qual é a intenção de todos vocês? – Exalta.
(Dra. Beger): – Estou vendo que não estão pra papo irei pular essa parte e ir logo ao assunto.
Em um giro, presumivelmente eles discutem, Alef parece diversas vezes exaltado e Bia revira os olhos com alguns comentários da Mulher.
(Alef): - Então é isso quer nos fazer acreditar?
(Bia): - É ridículo! É totalmente RIDICULO... Só me diga uma coisa quando iremos sair daqui?
(Dr. Beger): - Respira fundo. - Fizemos uma serie de exames em vocês ficam prontos nos próximos dias... Se tudo estiver bem vocês serão liberados, só precisamos saber se não oferecem nenhum risco à sociedade, só isso. Também serão recompensados com uma bela indenização e terão o apoio do governo pelas informações que vocês sabem. Uma nova oportunidade para reconstruírem suas vidas... Com novas identidades e chances.
Bia sorri debochadamente e solta uma gargalhada.
(Bia): - Que Patético, sabe desdo do inicio eu tinha certeza do dedo do governo em tudo isso... A ajuda nunca chegou... Eu... Sofremos coisas que nem no inferno as pessoas devem ter passado. E você simplesmente olha na nossa cara e diz que tudo vai ficar bem?! Sabemos de coisas demais pra acreditar que vocês simplesmente vão nos soltar nas ruas... E nos deixar viver... Sabe por que não acredito nisso? – Se levanta. – Porque nunca mais iremos viver, a morte se tornou nossa companheira... É como se cada passo que dermos estivesse ao nosso lado, ela esta agora eu sei que esta isso pra você é vida, é viver? Sabemos muito bem que não existem exames vocês sabem o que temos, e vamos lutar para que não tenham. Nenhum outro inocente vai morrer vocês não vão pisar em mais ninguém.
(Alef): - Achou mesmo que a gente ia cair nessa piadinha?
(Dra. Beger): - Senhores... – Se levanta. - O que estou achando de verdade é que estão ainda sobre os efeitos dos anestésicos... Vocês não têm o que questionar só ouça o que dissermos e obedeçam, rezem para que tudo fique bem, que estejam bem! Quando os outros acordarem e estiverem lúcidos... Tentaremos outro contato. – Olha para os civis e balança a cabeça. – Podem os levar para o quarto.
A mulher caminha ate a saída.
(Bia): - Não encosta. – Empurra o militar.
(Alef): - Me solta! – Exalta.
Os civis agem com agressividade retirando-os da sala. No corredor vazio, a mulher é mostrada de costas caminhando despretensiosamente, enquanto dois homens a cruzam usando roupas especiais assim como os soldados.
Corta Para: - Local – Base Militar/Quarto – Tarde
Musica: OFF
No quarto já acordados, estão Keyse, Alia e Damon apreensivos.
Alia sentada, Damon e Keyse deitados em uma cama.
Do pequeno vidro da porta acontece movimentação do lado de fora.
Em um ruído, a porta se abre. Alef e Bia são jogados para o lado de dentro.
(Alia): - O que é isso!? – Grita Assustada.
(Bia): - Cavalos! – Levanta-se do chão se limpando.
(Keyse): - Onde vocês estavam? – Se levanta da cama perplexa.
(Bia): - Eu não sei... Estávamos com uma representante talvez... Não sei direito, mas quando vocês vieram para cá?
(Alia): - Acordamos aqui! Mas com quem estavam?
(Bia): - Eu já disse não sei!
(Keyse): - Oh meu deus. O que ela disse? Quando sairemos daqui?
(Alef): - Nunca...
(Alia): - Como assim?! – Exalta.
(Alef): - Eles querem nos fazer nos fazer acreditar numa historia louca que sairemos ilesos. Não criem expectativas... Sabemos demais para pensar nisso.
(Bia): - É como se nadamos e nadamos para morrer na praia. – Desolada.
(Alia): - Para vocês estão me assustando.
(Damon): - Ri debochadamente. – É incrível como acham um problema em tudo. Eu não sei por que ainda dou ouvidos ao que falam.
(Bia): - Gostaria de concordar com você, mas não enxergo uma luz no final desse túnel. Não desse... É companheiros... Nosso fim.
(Alia): - Sabe de uma coisa isso não vai acontecer.
(Bia): - Me dê um motivo para a acreditar! Por quê?
(Alia): - Você já imaginou quantas pessoas devem estar atrás da gente nesse momento? – Argumenta. - É Lou cu ra... Agora parem de falar asneiras que vocês de verdade estão me assustando. – Se deita. – Isso faz mal pra pele, serio. – Sussurra.
Bia a olha balançando negativamente a cabeça.
Cena II: – Local – Hospital Psiquiátrico de Seatown – Tarde
Musica: OFF
A vista aérea do consultório fechado mostra Jess deitada em uma maca...
Uma mulher sentada ao lado segura um bloco em mãos ela anota algumas coisas, enquanto Jess parece perdida em seus pensamentos.
(Doutora): - Então é um novo dia triste Jess...
(Jess): - Sim... Demais. – Sussurra.
(Doutora): - Querida, acho que precisamos trabalhar um lado onde não existem ressentimentos ou arrependimentos... Já imaginou se existisse uma maquina para voltar o tempo o que faria?
Uma breve pausa entre ambas deixa o local em silencio.
(Doutora): - Ainda não consigo te ouvir...
(Jess): - Isso é mesmo necessário?
A medica balança a cabeça positivamente com um singelo sorriso.
(Jess): - Tentaria... Nunca ter os magoados ou ter irritados eles, agido com imaturidade... Apenas tentaria... Viver, os ver vivendo... Sabe, dói muito saber que não vou os ver novamente... Quer saber... Ninguém se importa... Ninguém sabe o que estou sentindo de verdade.
(Doutora): - Jess... Faça isso agora, aposto que onde eles estiverem estarão felizes em te ver... Vivendo. Infelizmente essa é a vida, não podemos calcular ou adiar se existe um momento este agora.
(Jess): - Sorri, enquanto a primeira lagrima cai. – É ninguém sabe o que estou sentindo.
A psicóloga se exalta elevando os olhos em uma expressão de irritação.
(Doutora): - Bem acho que acabamos por hoje. – Olha para o relógio no pulso. – Irei lhe receitar alguns remédios... Vai se sentir melhor. – Se Levanta.
Jess desce da maca e pega sua bolsa da cadeira, alterada ela espera a medica dar a volta na mesa e voltar a se sentar.
(Jess): - É assim que fazem a gente se sentir melhor não é? – Passa a mão sobre o rosto limpando as lagrimas. – Pagamos, sentamos naquela maldita maca e contamos sobre nossas vidas e vocês... Bem vocês apenas nos trazem uma resposta: Drogas... Isso que são esses malditos calmantes, drogas.
(Doutora): - Jess se acalme...
A jovem bufa e balança negativamente a cabeça, caminha até a porta saindo.
(Doutora): - Jess espere... – Se levanta indo até a porta.
A imagem panorâmica mostra alguns pacientes e enfermeiras circulando no extenso corredor, Jess esta mais a frente apressada, sua imagem se perde no meio da multidão.
O foco volta para o rosto da psiquiatra, que respira fundo preocupada.
Corta Para: – Local – Porto Local de Seatown – Tarde
Musica: OFF
O dia nublado é mostrado aereamente por nuvens carregadas, ameaçando chover a qualquer momento. O porto cheio mostra seus extremos: De um lado, barcos a deriva e pequenos iates balançam levemente com a maré, do outro, enormes contenderes são descarregados por guindastes de navios quilométricos.
Em um pequeno corte Jess se torna foco. Ela traga seu cigarro e parece desligada olhando fixamente o para o horizonte, seus olhos são mostrados e enquadrados na imagem, a maquiagem preta e borrada se destaca com um olhar sem expressão.
Algo cai do céu na água o que a assusta, ela se exalta e deixa cair seu cigarro.
(Jess): - Droga!
Por alguns segundos a jovem parece ter acordado de um sono que talvez nunca tenha dormido. Ela olha para cima, tudo o que vê é alguns abutres que voam rasamente, olha para baixo, no mar, vê um caderno velho encapado a couro marrom envelhecido, boiando.
A imagem é focada no objeto na água.
Corta Para – Porto Local de Seatown – Tarde
Musica: OFF
Jess caminha com um senhor já de idade, aos poucos a imagem se enquadra nos dois, o velho segura uma vara grande com a mão esquerda e os passos de ambos parecem se apertar aos poucos...
(Jess): - Eu sou um desastre, não sei como fui deixar cair!
(Velho): - Desculpe jovem, não quero que me leve a mal... Eu e os outros pescadores... Bem você sabe não existem mais peixes por essas bandas então passamos maior parte do tempo conversando e observando os outros do que... Pescando... A senhorita tem certeza de que deixou cair algo, alem de seu cigarro?
(Jess): - Diminui os passos. – Isso não vem ao caso, vem? – O encara. - Eu deixei cair... E só quero de volta. Só isso. – Grunge os ombros.
(Velho): - Tem certeza, só pescadores quem sabem como a água dessa cidade esta ficando cada dia mais...
(Jess): - Por favor! – Interrompe.
(Velho): - Para de caminhar. - Bem, vamos ver o que conseguimos fazer... – Estende a vara até a água, puxando o caderno.
(...)
▬
Um pequeno adiantamento mostra Jess já com o caderno já em mãos...
(Velho): - Missão cumprida então.
(Jess): - Eu não sei como posso agradecer... – Sorri timidamente.
(Velho): - Sem preocupações. – Sorri.
A jovem se vira e começa a caminhar ate a saída de ciclistas do porto, o velho faz o mesmo voltando ate os colegas pescadores, ela olha para trás em direção do pescador para ter certeza de que o mesmo não esta olhando, seca o caderno com a blusa e o guarda em sua bolsa carteira.
(Jess): - Boa sorte com a pescaria. – Grita.
O pescador se vira, apenas asenti e sorri.
Cena III: – Local – Hospital Publico de Seatown – Tarde
Musica: OFF
Um típico corredor de hospital, pessoas apreensivas outras cansadas e muito tumulto. Em uma das primeiras salas que temos visualização, sai um rapaz, jovem e medico como se conclui, com o jaleco e o esfigmomanometro no pescoço.
Ele caminha em meio às pessoas, se senta em dos bancos de couro do corredor, passa a mão sobre a boca, limpando-a e do bolso da calça jeans retira um celular.
Posteriormente digita alguma coisa e eleva o aparelho ate o ouvido.
(Jess/OFF) – Não estamos em casa. Mas você pode deixar alguma coisa pra agente ver quando chegar. Que seja... Depois do...
(Drew): – Olá amor, bem estou preocupado com você, estive pensando sobre hoje... Espero que esteja bem, estarei em casa nas próximas horas. Eu te...
(Enfermeira): - Doutor precisamos do senhor na emergência.
Ele eleva os olhos, olhando a jovem de jaleco há sua frente.
(Drew): - Tudo bem já estou indo. – Desligando o aparelho.
(Enfermeira): - Desculpe, deveria ter chamado outro medico!
(Drew): - Sem problemas. – Se levanta.
(Enfermeira): - Sabe, isso tudo pra mim ainda é meio assustador.
(Drew): - Escolheu a profissão errada, tudo aqui é assustador. – Sorri.
(Enfermeira): - Ah, sim. Claro!
(Drew): - Qual é a ocorrência?
(Enfermeira): - Fratura exposta...
(Drew): - Ei! – Para. – Espera ai... Você é nova! – Olhando-a.
(Enfermeira): - Sou. – Assustada.
(Drew): - Isso é estranho faz um tempo que não vejo nenhum funcionário novo por aqui... – Volta a caminhar. - Seja bem vinda então... - Sorrindo - Qual hospital servia?
(Enfermeira): - Nenhum... Na verdade me formei há pouco tempo.
(Drew): - Quem hoje escolhe enfermagem com mil e uma opções no mercado. É a coisa ficou mais estranha ainda.
(Enfermeira): - Ah fala sério. – Ri.- Eu vou te contar uma coisa que descobri... Não escolhemos salvar vidas... Elas nos escolhem.
Drew volta a olhá-la e sorrir. Os dois atravessam a porta dupla indo para a sala de emergência.
Corta Para: - Local – Hospital Publico de Seatown/Sala de Emergência – Tarde
Musica: OFF
Há uma confusão em volta do paciente na maca que geme de dor. Sua perna a mostra, tem alguns retalhos de ossos exposto para o lado de fora próximo ao joelho.
Drew esta a sua frente assim como vários médicos e enfermeiros em volta.
(Drew): - Tudo bem Sr. Michael... Vou precisar de toda a sua força ok? Iremos fazer o possível pra amenizar a dor!
(Michael): - Tudo bem doutor. – Sussurra. - Promete pra mim. - Gemendo. - Ai... Que vai fazer com que essa maldita dor passe. - Pega a mão do medico.
(Drew): - Segurando sua mão com força. - Eu prometo! - Olhando-o.
Drew começa retirar as luvas parcialmente manchadas de sangue.
(Drew): - Preciso de uma radiografia disso! – Ele diz para a enfermeira ao lado enquanto retira as luvas. – Irei entrar em contato com setor de ortopedia... Vamos precisar encaminhá-lo para o centro cirúrgico...
(Enfermeira): - Ok Doutor.
(Drew): - Ah e nada de analgésico para amenizar a dor... Precisamos dele lúcido para os anestésicos.
Drew vai se distanciando enquanto a enfermeira termina de anotar as coisas no bloco.
(Enfermeira): - Ei! Doutor?!
Ele se vira.
(Enfermeira): - Suzane... É o meu nome... Enfermeira Suzane.
(Drew): - Foi um prazer Suzane. – Sorri e apressado volta a caminhar.
O foco no rosto de Suzane mostra um ambicioso olhar finalizado por um sorriso lateral.
Cena IV – Local – Apartamento de Jess – Noite
Musica: OFF
A larga porta de madeira é aberta, Jess entra. A decoração rústica e romântica chama a atenção. Ela joga o molho de chaves em cima de um criado mudo próximo á porta, retira a bolsa do ombro e a coloca no estofado, um cachorro da raça bulldog se aproxima, ele balança o pequeno rabo, Jess sorri.
(Jess): - Ei Esperança! – Se abaixa passando a mão sobre o cachorro.
Em seguida a própria se senta espreguiçando-se. Jess volta a sorrir, se senta e liga a TV.
(Jess): - Não tem sido um dia fácil não é menina... É... Um novo dia triste. – Sussurra.
Jess se contorce para alcançar o botão da caixa de mensagens do telefone, depois um breve esforço ela consegue apertá-lo, um bip é feito pelo aparelho...
(Drew/OFF): – Olá amor, bem estou preocupado com você, estive pensando sobre hoje... Espero que esteja bem, estarei em casa nas próximas horas. Eu te...
(Voz Feminina/OFF): - Doutor precisamos de você na emergência.
(Drew/OFF): - Tudo bem já estou indo.
O telefone é desligado, Jess respira fundo enquanto passa os canais da TV despreocupadamente.
(Jess): - Quando será que vão inventar uma cura pra essas coisas... Não vejo à hora de me ver livre disso... – Sussurra, acariciando Esperança.
A imagem rasteira á mostra retirando os sapatos, ela se deita no sofá.
O foco em seu rosto, um visível cansaço que é fechado por uma breve bocejada.
Imagem da TV
(Jornalista): - E no próximo bloco iremos discutir os problemas trazidos por aves como abutres. Não saia daí!
▲
Corta Para: - Local – Seatown/Rodovia Local – Noite
Musica: OFF
Do lado de fora vemos um Captiva em uma velocidade aparentemente normal.
Agora dentro do veiculo, uma mulher no banco do passageiro, um homem no banco do motorista e Jess nos bancos traseiros.
Expressões serias, irritados demonstram que acabaram de ter uma conversa nada amistosa.
(Mulher): - Então é isso que você quer? Ficar debaixo de viadutos bebendo e fumando sei lá o que com aqueles... MARGINAIS!
(Jess): - Vocês gostam de tratar como uma adolescente... Eu não tenho mais quinze anos, ok?! Parem de me encher o saco.
(Homem): - Porque você age como uma? Somos seus pais Jess não nos faça pensar... Que isso foi um erro. – Olha pelo retrovisor central.
(Jess): - Erro?! – Ri. – Meu deus eu tão louca que não sei se quero me lembrar disso amanhã. – Exalta. – Agora para esse carro que eu quero descer.
(Mulher): - Não. Vamos para a casa você vai tomar um banho e tudo vai ficar bem.
(Jess): - É assim que vocês fogem dos erros não é? Eu disse para parar o carro. – Indaga seriamente.
Ninguém se hesita.
(Jess): - Mais que merda, para esse maldito carro!
Um caminhão esta a frente do veiculo da família.
O homem tenta se desviar e ultrapassá-lo, já que as vias ao lado parecem vazias.
Outro carro vem na contra mão, o pai de Jess perde o controle com o tumulto, atravessando a mureta de proteção entre a avenida e o porto.
O veiculo vai afundando lentamente...
Dentro, a água entra desnorteadamente pelas entranhas dos vidros. Jess tenta algumas vezes fazer com que a porta do passageiro se abra, mas não consegue. A sua frente, seus pais estão sem reação e o carro... Só afunda.
Jess consegue em impulso fazer com que a porta se abra. Ela nada contra a correnteza, dando uma noção de quão fundo o carro já estava.
Chegando a margem ela se sustenta na ribanceira de madeira e cai sem reação.
Corta Para – Local – Apartamento de Jess – Noite
Musica: OFF
(Drew): - Jess... Jess... – Sussurra enquanto a Balança.
(Jess): - Oi. – Acorda assustada. – Ai Drew me perdoe eu não ia dormir. Estou... – Interrompida por um beijo.
(Drew): - Sem explicações. Sabemos que dia é hoje... - Sorri. - Estou exausto vou tomar um banho... O que acha de pedirmos algo para comer. – Desabotoa os botões da camisa.
(Jess): - Tanto faz estou bem.
(Drew): - Se levanta. – Doutora Watson me ligou hoje... – Retira a camisa colocando-a em uma cadeira.
(Jess): - Eu não quero falar sobre isso...
(Drew): - Vai ser importante para você Jess... Para sua recuperação... Acredite... – Respira fundo. – Vai ser importante para nós.
(Jess): - Eu não consigo esquecer e não vai ser ela que vai me ajudar... Só queria para de pensar que fui impotente... Que não ajudei... – Lagrimejando.
(Drew): - Ei... Você fez qualquer pessoas faria a culpa não foi sua... Fatalidades acontecem a todo o momento... – Se senta abraçando-a.
(Jess): - Sabe... Drew... Não poder ter ao menos o direito de enterrar seus pais de velos a ultima vez é o maior castigo que deus fez comigo Drew... Eu não devia ter discutido com eles aquela noite... Eu não devia ter... – Agarrando-o com força.
(Drew): - Jess... Ninguém esta preparado pra isso.
(Jess): - Por favor... Só fica aqui comigo... Quietinho... Eu prometo vou ficar também... Drew eu... – Chorando.
(Drew): - Tudo bem... Tudo bem... – Acariciando seus cabelos, a beija na testa.
Cena V – Local – Apartamento de Jess/Quarto - Manhã
Musica: A Fine Frenzy – Word without You
As cortinas balançam com a janela entreaberta, os moveis em tons claros dão uma leve sensação de calma.
Aereamente, uma cama de casal, mas só uma pessoa parece dormir... Jess.
Seu rosto se torna foco, em seguida seus olhos abrem levemente.
Ela passa a mão ao lado da cama e sente a falta do parceiro, se levanta e caminha até o banheiro, coloca à mão no rosto olhando-se no espelho, em seguida ela o abre e retira um frasco de remédios manipulados.
Dr. Watson – Calmantes
Jess olha o recipiente abre a lixeira e o joga dentro, ela volta se auto-encarar sorrindo.
Corta Para: Local - Apartamento de Jess/ Cozinha – Manhã
Musica: ON
Drew pega uma maçã na fruteira próxima a geladeira, com pressa ele abre a torneira chuviscando água por cima da fruta.
Jess aparece vestindo uma de suas camisas, ela encosta-se na a parede e sorri olhando-o.
(Drew): - Você está ai! – Ele se aproxima... e a beija. – Bom dia! Estou tão atrasado, você vai ficar bem?
(Jess): - Sim. – Volta a sorrir.
(Drew): - Promete pra mim!!?
(Jess): - Eu prometo. – Sussurra.
(Drew): - Queria passar a manhã aqui com você... Mas você sabe. – Pendura a bolsa sobre o ombro. – Então... Nós vemos mais tarde... Ah... Eu te amo Jess. – Sussurra enquanto lhe da um leve beijo.
Drew se vira e começa a comer a maçã caminhando até a porta.
(Jess): - Drew!
Parando próximo a porta, ele se vira.
(Jess): - Eu te amo... Obrigado... Obrigado, Por tudo!
Sorrindo do comentário, Drew volta se virar, saindo.
Corta Para: Local – Sacada/ Apartamento de Jess – Manhã
Musica: OFF
Sentada em uma cadeira de madeira Jess, segura o caderno que encontrou na tarde anterior. Ela acende um cigarro abre o diário elevando-o até o rosto.
(Jess): - Pilhas para a câmera... Carregar o Notebook, ligar para Bia amanhã. – Bafora a fumaça para fora balançando negativamente a cabeça.
Começa a folhear algumas paginas, Esperança se aproxima, manhosa, a cachorra pula em seu colo, Jess acaricia os curtos pelos da cadelinha, enquanto fuma seu cigarro.
(Jess): - Eu não sei quando as coisas saíram do controle elas apenas saíram... – Narra sussurrando.
▲
Cena VI: – Local – Vultures – Tarde
Musica: OFF
(Alef/Narrando): - Se é que algum dia existiu um controle... Apenas saiu se tornou nosso pior pesadelo.
Alef, Bia e Alia caminham em uma rua aparentemente deserta.
O lugar devastado, carros batidos, poças de sangue no asfalto e pequenas labaredas de fogo de desmancham com a ventania.
Bia para assustada.
(Alia): - O que foi?
(Alef): - Vamos Bia, não podemos parar...
(Bia): - São eles os abutres...
No céu, um grupo de aves voa sobre a cabeça dos três... Ambas as expressões mudam.
Corta Para: - Local - Desconhecido/ Vultures
Musica: OFF
Alef esta deitado no chão que parece úmido. Dormindo com os olhos e a pele suja, seu rosto se torna um atrativo perturbador, seus olhos se abrem em um impulso, assustado ele acorda. Tenta conter a respiração, ofegante, diminuindo o fluxo de entrada e saída de ar dos pulmões. Tateia o chão, se levanta e sentado encosta-se na parede atrás. Ele faz um esforço para tentar enxergar algo a sua volta, tudo é muito escuro.
Sua expressão muda quando percebe que não esta sozinho... Passos delicados, talvez para não fazer barulho, se aproximam, ele respira fundo fecha os olhos, sentindo seu fim se aproximando.
(Bia): - Alef? – Sussurra.
(Alef): - Abre os olhos. – Bia... Você... Escuta aqui ta querendo me matar do coração?
(Bia): - É meu novo hábito, esqueceu? - Sussurra sorrindo.
Ela segura uma lanterna e ilumina parte rasteira do local: o abuso de cores sensíveis nos leva a entender que estão em um quarto, quarto feminino.
Alia esta sentada em um baquinho de madeira e não se exalta ao ver Alef, expressando uma exaustão sem igual, parece desolada.
(Bia): - Pensávamos que não iria acordar tão cedo. – Se senta no chão.
(Alef): - Não entendi...
(Bia): - Sorri. – Nada, é bom saber que esta bem.
Da cama há um casal deitado, abraçados parecem confortáveis um no braço do outro.
O rapaz se mexe algumas vezes, bufa e abre vagamente os olhos...
Ele olha Alef assustado.
Ele olha Alef assustado.
(Damon): - Cara é você mesmo? – Exalta.
Alef o encara se entender.
(Damon): - Keyse. – Sussurra chacoalhando a parceira. – Keyse. – Altera a voz. – Keyse ele esta vivo.
(Keyse): - Merda Damon! Me deixe dormir... Quando estou quase lá você me acorda. – Abre os olhos. – Fala o que foi!? – Olhando Alef. – Nossa, Oi!?
(Alef): - Que merda ta acontecendo aqui?
O silencio predomina.
(Alef): - Fiz uma pergunta! – Alterasse.
(...)
(Alia): - Nossa nova amiguinha passou dois dias se lamentando que tinha te matado... Na verdade eles tentaram te matar. – Em tom despreocupado.
(Keyse): - Não... Não foi isso eu só...
(Damon): - Foi. E se quer saber amigo, foi uma bela de uma cacetada. Apenas admita Keyse. – Exalta.
(Keyse): - Damon. Cale a boca!
(Bia): - Caipira muito do hipócrita mesmo.
(Damon): - E se estiverem achando ruim. – Aponta para a porta. – Aquilo ali é serventia da casa.
(Alia): - Ah não acredito... U A U, cada dia sinto mais nojo de você.
(Alef): - Calem a boca! Estou bem não estou?! – Se tateia. – Não importa quem matou ou tentou, fiquem quietos só isso.
Bia se levanta afastando-se do casal nervosa. Ela encara Damon, que a olha debochadamente.
Corta Para: - Local – Desconhecido/Vultures
Musica: OFF
Somos surpreendidos pela cantoria desnorteada dos pássaros, e o sol ardente da manhã.
Keyse está na janela, ela retira alguns panos postos lá, para cobrir a iluminação feita durante a noite.
Alef acorda, ele se levanta espreguiçando-se, ela o olha sobre o ombro e da um leve sorriso.
(Keyse): - Desculpe, não queria acordar ninguém.
(Alef): - Não, não estava dormindo de verdade... Quer dizer, a cada movimento por mais sorrateiro que fosse eu acordava, acho que cochilei nos últimos minutos do segundo tempo. – Sorri.
(Keyse): - Não me assusto depois de dois dias muito bem, descansados. – Sorri.
Os dois se encaram por alguns instantes, ela, serena faz movimentos delicados com a boca, demonstrando um pouco de preocupação.
(Keyse): - Ainda sangra. – Sussurra.
(Alef): - Como!?
(Keyse): - Sua testa, ainda sangra.
Ele eleva os dedos ate a cabeça e percebe que ainda há sangue seco próximo ao olho.
Ela se abaixa e de uma gaveta, retira um pacote com alguns gases.
(Keyse): - Isso deve resolver! – Entrega o pacote.
Retirando algumas, ele se senta em um banco de madeira. Keyse faz o mesmo indo ate o parceiro deitado na cama.
(Keyse): - Eu... – Respira Fundo. – Desculpa, de verdade, me desculpe.
(Alef): - Não sei se no meu seu lugar faria o mesmo, há uma grande diferença entre aquelas coisas e pessoas normais.
(Keyse): - Sim concordo... Só estava... Assustada!
(Alef): - Isso não importa, minha cabeça parece levar uma martelada a cada milésimo de segundo, ao menos nada pior aconteceu. Há quanto tempo estive ali? – Olha para o canto.
(Keyse): - Dois dias, pensávamos que a qualquer hora fosse acordar e... Você sabe atacar a alguém...
(...) Flashback/ON (...)
O quarto escuro, assim como o céu anoitecido.
Damon entra com Bia, apressados, eles carregam Alef nos braços.
Ele o coloca no canto onde há alguns panos, Bia se abaixa e o arruma em uma posição confortável.
(Damon): - Como vamos ter certeza de que ele não vai acordar como os outros?
(Bia): - Ele esta bem, eu sei que ta!
Damon pega alguns fiapos e fios de plástico e se aproxima.
(Bia): - Ei! – Surpresa. – Aonde vai com isso?! – O empurra.
(Damon): - Vou amarrá-lo, não quero ficar na duvida!
(Bia): - Você não vai fazer isso, não mesmo. – Encarando-o.
(Alia): - Você acha que qualquer pessoa correndo feito um retardado se tornou uma daquelas coisas? Sua mulherzinha meu querido, ela que bateu no meu cinegrafista, por isso que ele tá assim. Então não ouse tocar nele, porque antes disso ele estava em perfeitas condições.
Damon parado em frente à Bia encara-a seriamente ele bufa de raiva.
(Damon): - Tudo bem quer saber não respondo pelos meus atos! – Pega uma faca no criado mudo e se deita.
(Keyse): - Não sabemos como esse maldito vírus passa de pessoa a pessoa, talvez seja melhor o amarrar.
(Bia): - Eu já disse ninguém chega perto dele! – Abaixa-se ao lado de Alef.
(...) Flashback/OFF (...)
(Keyse): - Não quero que me perdoe... Eu sei que não devem ser daqui, quando chegarem em casa tudo gostam e que amam estarão lá. E eu? O que tenho o que amo, esta aqui... Perdido, morto.
(Alef): - Eu...
(Keyse): - Não, espera... Eu preciso dizer isso... – Interrompe respirando fundo. - Preciso que saiba como me sinto...
(...) Flashback/ON (...)
Keyse esta sentada no chão apoiando-se nos acentos do estofado, ela esta onde tudo indica ser uma sala. Damon aparece em uma das entradas entre um corredor e a sala, atrapalhado, ele tenta sustentar com as mãos e os braços dois copos de uma bacia.
(Damon): - Pipoca!
(Keyse): - Finalmente! Esse filme é realmente incrível.
Damon se senta colocando os objetos em um lugar plano do criado mudo. Olha para Keyse e a beija brevemente, ambos sorriem.
Concentrados na TV levam as mãos algumas vezes até a bacia, tirando pequenos punhados de pipoca levando-os ate a boca.
O reflexo de luz e sombra feito pelo aparelho é visível em seus rostos, enquanto as falas e outros barulhos são feitos pelo filme.
Um estranho ruído é feito.
Damon olha para Keyse intrigado, o barulho volta a se repetir só que dessa vez um pouco abafado.
Keyse segura o controle, pausa o filme fazendo que os reflexos parem, ela se levanta e acende a luz.
E o barulho volta a se repetir, dando a concluir que o mesmo não era feito pelo filme.
(Keyse): - O que será que deve tá acontecendo?
A porta em uma das entradas do corredor é aberta, uma sombra há mais é feita na parede do corredor.
(...)
De dentro sai um homem já de idade, ele segura o pescoço, enquanto o sangue escorre braço a baixo.
(Damon): - Sr. Hanson! – Exalta assustado.
Ele se aproxima do velho que tropeça em uma luminária, tirando a mão do pescoço, tenta se sustentar na mobília, fazendo que a queda não seja pior, o sangue ganha uma pressão assustadora espirrando um risco vermelho e intenso na parede.
Keyse fica intacta ainda na posição em que se levantou Damon se abaixa, não sabe o que fazer tenta ajudar o velho a tampar o ferimento, sua pele vai perdendo a coloração natural, ficando pálida aos poucos. Damon se levanta, com as mãos encharcadas de sangue ele se aproxima de Keyse.
Uma mulher aparece no corredor, a Iris dos olhos completamente vermelha se aproximando da sala.
(Keyse): - Mamãe?! Mamãe o que esta acontecendo?!
A mulher encara o casal por alguns segundos, enquanto caminha lentamente em direção dos dois. Ela para, olha para o velho agonizando no chão, sem pensar pula agressivamente em cima do homem o mordendo ferozmente.
Damon pega na mão de Keyse a puxa até a porta da sala saindo.
A rua vazia, muda quando um carro em alta velocidade passa batendo em outro logo mais a frente, parecem explodir fazendo um chuvisco de fogo na rua, iluminando o horizonte.
(...) Flashback/OFF (...)
(Keyse): - Eu tenho medo de me transformar em um deles ao mesmo tempo adoraria que aparecesse uma multidão na minha frente só pra eu poder me jogar. – Sorri enquanto chora. – Se existe uma coisa em que me mantém viva é a esperança... Eles sempre acham uma cura pra tudo não é?
(Damon): - Acorda perplexo. – Keyse! – Se vira abraçando-a.
Se afastando aos poucos, Alef esbarra em um copo no chão, Damon se surpreende e o olha com repulsa sobre o ombro de Keyse, enquanto a consola.
Cena VII: – Local – Hospital Publico de Seatown – Tarde
Musica: OFF
Drew, esta parado entre o consultório e o corredor principal.
Ele olha Suzane, que mede o soro de uma senhora há alguns metros dali.
Outro medico se aproxima dele.
(Chris): - Uma delicia não é? – Sussurra.
(Drew): - Não sei do que esta falando! – Disfarça.
(Chris): - Não vai se fazer de desentendido não comigo Drew. – Ri. – Sabe qual foi a ultima vez que parou assim olhando para alguém? Quando Jess estava cambaleando drogada nos corredores da faculdade, era deprimente. Até hoje não sei se você está com ela por dó ou porque gosta dela, digo gostar de verdade!
(Drew): - Tem certeza que a emergência ta fazendo bem pra você? Pode sei lá pedir transferência para UTI dizem que lá é mais calmo!
(Chris): - Dá uma chance ok? Eu e você sabemos que Jess não ta te fazendo bem. – Olhando para Suzane. – Qual é ela é gostosa. Essa é sua oportunidade cara... Quando foi a ultima vez que entrou alguem como ela aqui? Ruth!? Sabemos que as tetas dela batem no joelho. O que acha de um almoço amanhã?
(Drew): - Não!
(Chris): - Odeio pensar que estou fazendo isso, que poderia pegar tudo aquilo so pra mim... Mas estou ciente esta no seu rosto que você não está bem. - Tapeia levemente a face do amigo.
(Drew): - Você não ta falando coisa com coisa.
(Chris): - Eu como um bom medico... Ou melhor seu amigo, sei que o melhor remedio pra essas coisas são um par de seios como aquele. Então um almoço amanhã!
(Chris): - Odeio pensar que estou fazendo isso, que poderia pegar tudo aquilo so pra mim... Mas estou ciente esta no seu rosto que você não está bem. - Tapeia levemente a face do amigo.
(Drew): - Você não ta falando coisa com coisa.
(Chris): - Eu como um bom medico... Ou melhor seu amigo, sei que o melhor remedio pra essas coisas são um par de seios como aquele. Então um almoço amanhã!
(Drew): - Cara para de loucura.
(Chris): - Sim! – Sorrindo, se aproxima de Suzane. - Relaxa acho que ela não morde. Morde? - Franzi debochadamente a sobrancelha.
(Chris): - Sim! – Sorrindo, se aproxima de Suzane. - Relaxa acho que ela não morde. Morde? - Franzi debochadamente a sobrancelha.
(Drew): - Não! Volta aqui... Merda!
Chris se aproxima de Suzane e começa a gesticular algo com a enfermeira. Ela abaixa a cabeça e sorri timidamente.
Corta Para: - Local - Quarto/Vultures - Manhã
Musica: OFF
Bia, Alia e o restante parecem lúcidos e acordados.
Pelo espelho de mão, Alia passa o dedo na boca retirando o excesso de batom que paira.
(Bia): - A onde você acha que vai desse jeito?
(Alia): - Não é porque o mundo tá se acabando que eu vou deixar de me arrumar. – Guardando o batom na bolsa.
(Bia): - Isso é uma falta de respeito, abra seus olhos, há pessoas aqui que perderam a família inteira!
(Alia): - Tá, você acha o que? Que sou qualquer largada como você? Queridinha eu sou Alia Zangmernm e isso já conta como uma obrigação. Afinal, tenho certeza que tem uma equipe de resgate procurando pela gente, quando estivermos em um lugar seguro terá uma multidão de fotógrafos e jornalistas. Imagina qual seria a primeira pergunta que fariam? “Bem como conseguiram sobreviver e blábláblá.” Mas quando me verem farão diferente: “Alia... Como conseguiu estar bonita até nesses momentos?” – Sorri. – Entenda prevenção nunca é demais. – Pisca.
(Bia): - Você é louca!
(Alia): - Não isso se chama “marketing”! – Retruca, olhando para Keyse. – Linda quer passar alguma coisa? Você tá... tão pálida.
(Keyse): - Não estou bem, obrigada. – Força um sorriso.
(Alia): - Ok! – Tom debochado. – Eai qual é o plano?
(Alef): - Plano? Você é louca mesmo!
Alef mexe em uma mochila grande encostada no canto de uma cômoda.
(Alef): - É... Cadê aquelas barrinhas e outras besteiras que tínhamos?
(Alia): - Já se passaram três dias. Quantas pessoas vê? Muitas barrigas pra alimentar não acha?!
(Alef): - Acho que... Precisamos de um plano. – Preocupado.
Corta Para: - Local - Sala/Vultures - Manhã
Musica: OFF
Do quarto para o corredor saem aos poucos, primeiro Damon logo após Alef e por ultimo as garotas.
Sorrateiros eles caminha devagar.
Damon para, o restante do grupo para também, esbarrando-se uns nos outros.
Ele olha para frente fixamente, a porta da entrada esta aberta.
Convicto volta a caminha firme indo até a porta fechando-a.
(Damon): - Fechada agora! – Sorri aliviado.
Ele volta a andar em direção do grupo, mas logo para, olhando para a primeira entrada a sua esquerda,
assustado.
assustado.
Alef encara Bia, vai até Damon e assim como o mesmo para.
Dos olhos verdes agora pálidos de Damon, há um reflexo de alguém na cozinha.
▬
Com uma aparência nada amistosa ele parece farejar algo com a cabeça levemente inclinada. Os olhos vermelhos, sujo, parece não enxergar nada, apenas farejar.
Os dois ficam ali, aparados sem reação.
O bicho, um homem com seus quarenta anos, para, olhando, ou não para os dois.
▬
Ele deixa de farejar...
Agora dos olhos crus do canibal, Damon lentamente puxa a porta.
Em seguida a criatura corre, Damon puxa a porta segurando-a, Alef corre de volta ao quarto com as garotas.
(Alia): - O que ta acontecendo?
(Alef): - Fiquem aqui! – Ofegante.
Segurando a porta, Damon faz uma visivel força com os braços, enquanto o homem do lado de dentro, grita, dando vários pontapés e socos.
(Alef): - Damon vem! – Grita.
Ele perde a esperança no olhar.
Soltando a Porta...
Correndo, ele entra no quarto.
Alef e Bia se esforçam para arrastar uma comoda até a porta.
Alef e Bia se esforçam para arrastar uma comoda até a porta.
Corações acelerados se tornam trilha sonora...
Alef se escora na comoda caindo aos poucos, ofegante ri alto, gargalhando.
Os outros permanecem assustados...
Damon eleva o dedo até a boca pedindo silencio...
A porta da cozinha se abre, soltando um ruido de ferrugem nos vergões.
A porta da cozinha se abre, soltando um ruido de ferrugem nos vergões.
O bicho esta farejando...
Promixo... Proximo...
E dessa vez mais próximo do que imaginam.
Promixo... Proximo...
E dessa vez mais próximo do que imaginam.
(...)
Quando começa a bater na porta, na porta do quarto.
Corta Para: - Local – Apartamento de Jess/Sacada. – Manhã
Musica: OFF
(Jess/Narrando): - Eu ri... Porque pela milésima vez, vi o olhar da morte na minha frente... E fugi... Fugi de novo.
Ela passa os dedos selecionando linha á linda do diário, enquanto o lê.
Uma gota de sangue cai, manchando algumas palavras.
Passa os dedos sobre o rosto e mais um punhado cai.
Passa os dedos sobre o rosto e mais um punhado cai.
Ela se levanta vai até o banheiro.
Durante seu percurso outra gota cai, outra e outras.
Lavando o rosto, a pia fica tomada de sangue. Se encarando no espelho seu nariz escorre o sangue pescoço a abaixo.
Distanciando aos poucos Jess deixa o banheiro assustada.
Distanciando aos poucos Jess deixa o banheiro assustada.
E L E N C O
Colton Haynes as: Damon
Carey Mulligan as: Alia
Coco Rocha as: Bia
Max Irons as: Drew
Shiloh Fernandes as: Alef
Roxane Mesquida as: Keyse
Eddie Redmayne as: Chris
Kim Cloutier as: Suzane
Adoring Sela Ward as: Dra. Beger(OUTRAS APARIÇÕES SÃO DE PERSONAGENS QUE DEVEM APARECER NOS PROXIMOS EPISODIOS OU DE FIGURANTES CONTRATADOS PELA SERIE)
T R I L H A – S O N O R A
Sweet Dreams – Emily Browning
The Word Without – A Fine Frenzy
D I R E I T O S
Escrito e editado por Gustavo Soares
Agradecimentos a Beta Séries Virtuais